Um dos pontos principais do documento é a criação de um fórum político dentro da ONU para debater o desenvolvimento sustentável.
Dezoito países devem se pronunciar na sexta e última plenária da Rio+20, que acontece nesta sexta-feira (22). A presidente Dilma Rousseff vai participar do encontro, onde o documento final da Rio+20 será aprovado.
Mesmo com todos os protestos dos últimos dias, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou que o documento não será alterado. O texto final da Rio+20 é chamado de "O futuro que queremos" e tem 49 páginas e 283 parágrafos.
Entre os principais pontos do documento, está a criação de um fórum político dentro da ONU para debater o desenvolvimento sustentável. Os países também reconhecem que acabar com a pobreza é o maior desafio do planeta. Além disso, o texto defende uma legislação para proteger os oceanos em águas internacionais, com a preservação da biodiversidade.
Dilma Rousseff reforça que discussão da erradicação da pobreza é maior legado da conferência da ONU
Em discurso realizado na plenária da ONU no Riocentro na noite desta sexta-feira (22), o secretário-geral da Rio+20, Sha Zukan, falou sobre o legado deixado pela conferência. “Foi construído um grande legado sobre o futuro que queremos. Os líderes do mundo fizeram no Rio uma estrutura de ações. Juntos, devemos ter muito orgulho dos resultados obtidos através de extraordinária liderança do Brasil. Que o espírito do Rio esteja com todos para sempre”.
Em seguida, foi a vez do secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. “Foi uma conferência exitosa, reforçando metas com o mundo sustentável. O documento final adotado fornece uma posição firme para nos orientar para uma sociedade sustentável”.
Por fim, a presidenta Dilma Rousseff repetiu o tom do discurso feito momentos antes a uma coletiva com alguns jornalistas. “O Brasil se orgulha de ter organizado a mais participativa conferência da história. O documento final é produto da ambição coletiva dos países que participaram dessa conferência. O documento não é um retrocesso em relação ao que foi firmado na Rio92 ou em relação a textos das demais conferências”, disse.
Dilma falou ainda a respeito do que considera o cerne principal do texto final dessa conferência. “Avançamos sobre o desenvolvimento sustentável, lançando a agenda do século 21. Trouxemos para o centro do debate a erradicação da pobreza. A Rio+20 não é o teto do nosso avanço. É o início de uma caminhada para construirmos uma sociedade sustentável”, disse a presidenta, visivelmente emocionada, encerrando a Rio+20.
Ban Ki-moon a cumprimentou e lhe deu de presente o martelo que, de forma simbólica, representa o desfecho official da Conferência da ONU.